domingo, 5 de dezembro de 2010

"Tudo é uma questão de se manter a espinha ereta, a mente quieta, e o coração tranqüilo."

* Serra do Luar, que tá, é clichê roto, mas os clichês tão aí por uma razão - costumam guardar coisas sempre úteis de se lembrar.

E dando continuidade ao pensamento do post anterior, sigo com a minha faxina interna. Esse blog foi criado não para ser lido por alguém (tanto que 11 posts depois eu ainda não passei o endereço dele pra ninguém), embora eu esteja começando a querer que as pessoas o leiam. Eu o criei para que eu pudesse organizar os pensamentos e sentimentos, que ficam muito mais claros depois de escritos. Então, acho que seria legal pegar pelo menos uma coisa por dia que precisa ser organizada, e o que eu posso fazer pra organizar. No melhor estilo VAE, mesmo.
E é uma boa começar pelo assunto que me dá mais resistência: a saúde.
É fatão que quando você passa dos 25, seu corpo começa a reagir diferente às coisas. E que ele te prepara para a mudança que vem a paritr dos 30, e assim por diante. Então, sejamos realistas: passou da hora de eu tomar vergonha na cara e admitir isso. Sim, ESTE (e é exatamente este) o principal motivo para eu estar tendo crise dos 30 desde os 25, porque a natureza já está me avisando que eu não sou mais adolescente (além da questão "o que você fez da vida, blablabla, assunto pra depois).E isso dá medo.
Sempre fui muito orgulhosa da minha posição "rebelde junkie", de tirar sarro dos amigos que fazem academia, e de cantar "Salada não tá com nada". Só que eu não nasci com o metabolismo da Giselle Bündchen (e juro que eu não queria mais nada dela, nem maridão, nem grana nem beleza, só o metabolismo), e tudo o que eu comi de porcaria esses anos todos, o sedentarismo, o sono bagunçado; tudo isso tá cobrando seu preço.
Cá pra nós, é tão bonito olhar aquele prato coloridão de salada, e no calor deve ser tão refrescante colocar uma folha de alface fresquinha na boca sem ter engulhos, tão phyno escolher uma salada no restaurante, sem falar que deve ser legal pedir aquele sanduíche no Subway e ele vir gordinho, alto, volumoso... e não uma coisa flat que é o meu, sem verde. Isso sem falar no porre que é chegar num lugar e pedir uma comida "sem salada", ter que ficar descobrindo os ingredientes de qualquer prato antes de comer, a cara de "aiquesaco" da atendente do Mc ao ter que pedir sanduíche "pão-carne-queijo", e as duas piores coisas: um convite pra almoçar na casa dos outros vira uma adrenalina, e a vergonha/raiva que dão quando minha mãe começa a contar que eu não como fruta nem verdura nenhuma desde os 4 anos, e as pessoas olhando como se eu fosse uma aberração de circo, ou pior, como se fosse só birra minha.
Nessas duas semanas eu peguei pesado no junkie, e senti o peso disso (sem trocadilho). Passar mal com a pressão 16 por 13 na balada foi ruim pra caramba, e eu sei exatamente de onde veio isso.
Então, a partir de agora, detox. Não, não tô querendo virar vegan, nem nenhuma mcta maluca que eu sei que não vou cumprir. É o seguinte:
  • Menos tranqueira. Eu sei que sou aloka do doce, mas dá pra maneirar, diminuir (bastante, se comparado com essa semana), substituir um pouquinho.
  • Voltar a fazer refeições: lanche no almoço, lanche antes de sair pra facul, salgado na facul... não dá. Tá na hora de voltar a fazer o pratinho, com arroz, de garfo e faca. Tá bom, pode ver tv e beber líquido, mas o resto é sine qua non.
  • Se mexer: vale usar o "Pedalinho", levar a Frida pra passear (ela também precisa se exercitar), fazer caminhada ou dançar. Mas tem que ser sempre, afinal, pô, se agora que eu tô em casa não fizer isso, farei quando?
  • Deixar tudo limpinho: calma, expliquemos. Falo de fazer exfoliação, manter as unhas bem feitas, o cabelo hidratadinho, o jardim aparado, os pés bem cuidados.
  • Falando nisso, mais água ainda: tá, é o único hábito saudável que eu tenho, mas às vezes deixo passar. Bem, agora sem essa.
  • Menos café e refri, começar a tomar suco e voltar com chás: tá que a mãe só compra refri uma vez por semana, mas parece que eu sempre dou um jeito. E o vício do café tá demais (eu entendi pq os caras do U2 quase acabaram a banda), eu não preciso mais tomar tanto.
  • Começar a me reaproximar dos sabores de frutas e verdes: ok, eu sei que preciso de umas boas sessões de psicoterapia pra mandar uma saladona pra dentro. Mas pelo menos um suco, alguma coisa com sabor de fruta, dá pra começar. Dessensibilização é aos poucos, mas tem que começar.
  • E última, pra encerrar o post: REGULARIZAR O SONO!!! Tudo bem que eu vou levar uns dois dias pra terminar de descansar da quinzena punk/hardcore, mas já dá pra começar a arrumar isso! Então, 'bora pra cama NOW!
    Beijos, buenas noches.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"Run fast for your mother...leave all your loving, your loving behind, you can't carry it with you if you want to survive/The dog days are over"

E cá estamos nós, nessa madrugada em que tudo o que eu queria (sabendo que não conseguiria, se pudesse) é dormir, mas com a cabeça e o coração novamente a mil. Depois de esvaziar alguns litros de lágrimas mal retidas ao longo da semana em dois episódios intensos de Glee seguidos (ok, eu chorei mesmo. MESMO, eu disse. Mais do que os personagens atingidos pelas cenas em questão, diga-se). Mas diante do caos que têm sido as últimas semanas, toda a tensão acumulada, as emoções reprimidas, o caos, o caos... eu tinha que pôr pra fora, e antes assim do que com as incipientes manchinhas de urticária que, como eu disse, passaram de extintas pra incipientes de novo. Só espero que a histamina já tenha sido regularizada.
Agora que a quinzena de queima de neurônios provas e entregas de trabalhos acabou, afinal, um tcc e uma prova por dia (não necessariamente sobre a mesma matéria) pode ser um tanto complicado - se há a delícia da sensação de dever cumprido, é uma corrida contra o tempo e a fisiologia. Isso pra quem tem a vida nos trilhos.
Então, me dou um fim de semana pra descansar, aliviar o stress, curtir e rir muito, porque eu vou ter muito trabalho pela frente pra arrumar a bagunça feita em cima da bagunça.
Eu tenho o pressentimento (e a previsão) de que logo, com a benção de Deus (ou Oxalá, ou os Deuses, sei lá) eu vou receber as bênçãos que eu tanto ansiei receber, um amor e um emprego que me pague o suficiente. É algo muito parecido com o que senti antes de entrar no GS, só que numa versão atualizada, fazendo jus ao que preciso agora (e Eles sabem que eu preciso de em mais que um estágio e um amor platônico). Mas para que essas bênçãos cheguem, eu preciso estar com a casa limpa e rescendendo a flores, organizada, e isso requer muito, mas muito trabalho.
É, é bastante coisa. Agora que eu consegui botar em ordem a faculdade, precio correr atrás de organizar minhas finanças (ou falta delas?). Fato, não dá mais pra atender o telefone rezando pra não ser o Itaú, ou ficar frustrada inventando desculpas pra não admitir a verdadeira razão de eu não ter um cartão de crédito: sim, meu nome está sujo, e eu feliz (ou infeliz?)mente tenho minha mãe que pode me ajudar a resolver essa. E quanto mais tempo eu demorar pra resolver, pior vai ser. Então, 'bora correr atrás das cagadas da época da Contax, quando aumentar o limite pra comer no Big X-Picanha era cool, e eu caía quando meus amigos pintavam aquele drama pra eu emprestar o cartão, ou pra não me pagar. Não adianta, esse povo NÃO vai me salvar, e quando você recebe um DDC e passa pela coisa que você mais tinha medo de sequer pensar, e sem poder dividir isso com ninguém (quem entenderia?), é porque não tem mais saída. Enquanto eu não encarar a fera no olho de uma vez, eu não vou conseguir um emprego que permita que isso não aconteça mais.
Também preciso arrumar o quarto. É, eu sei; tá ficando repetitivo. Só que quando você não consegue sequer mandar um torpedo pra alguém que você ama, é lógico que a bagunça vi se sobrepor de novo. Então, vamos lá botar a máscara pra proteger da poeira, e dessa vez sem deixar caixa. Leave all your loving, your life behind, you can't carry it with if you want to survive. Mas eu ainda preciso decidir o que fazer com as agendas e os objetos mágicos de outrora. E dessa vez, é pra fazer isso MESMO.
Preciso arrumar a mim mesma, estou comendo mal como poucas vezes, dormindo pessimamente (não diga, é só olhar o horário de publicação), sem nenhum exercício, e meu corpo está um lugarzinho bem inóspito ultimamente. Tá na hora de fazer a faxina, arrumar tudo pra quando ele chegar a casa estar florida, perfumada e bela, por dentro e por fora. Ir no médico, no dentista, fazer essa droga de exame, depilação, cabelo; tudo o que descuidei. Comer direito, dançar um pouco, levar a cachorra pra passear (até ela está em melhor forma, e ela não sai de casa!!!). E principalmente, dormir direito. Recorrer a qualquer coisa pra regularizar meu fuso horário.
E aí, com essas coisas todas nos trilhos, aprender a esvaziar a cabeça e a curar feridas. Recuperar a minha She-Wolf, que tá uivando de dor e de necessidade de sair da jaula, mas que ainda não tá pronta pra andar pelos prados da minha vida. Primeiro eu tenho que limpar a área pra que ela possa correr, caçadora livre e ágil. E aí, na hora certa, ela vai saber o que fazer, e quem exatamente é o seu companheiro. Mas não agora.
Mesmo o lance mal resolvido do carioca, o grandão, ou outras possibilidades; a vida é uma folha que tá prestes a ser preenchida, mas desta vez sem passar a limpo. Então é bom eu descansar logo, porque tem muita coisa pra fazer, 100 e-mails pra tirar da caixa de entrada, e um trabalho pra entregar em 2 horas pra encerrar o semestre.