sábado, 26 de novembro de 2011

Should I give up or should I just keep chasing pavements/even if it leads nowhere?/Or would it be a waste even if I knew my place, should I leave it there?

Como é que ver uma pessoa passar da lotação pode se tornar tão poderoso entorpecente? E como é que um homem de quem não se sabe nada (ou sabe-se tudo através do vidro) pode transformar uma mulher de quase 30 anos, calejada, em uma adolescente?
É engraçado me ver aparvalhada com a visão de uma tatuagem ou de um coldre - logo eu, que nunca fui muito visual. Ou rever mentalmente o compacto dos melhores momentos em que ele jogou os cabelos para trás. O sorriso raro de taurino carrancudo, a cara de bad cop, o gosto por heavy metal que me fez aventurar por um gênero que eu nem imaginava que gostaria tanto.Tudo nele foi feito como que sob medida pra me encantar.
E deu certo - encantou mesmo. Porque além de metal girl, descobri em mim uma investigadora nata: levantar até o lugar onde você mora antes do primeiro "oi" foi surpreendente até pra mim. E é por isso que dou tanta risada quando seus amigo me chamam de "garota misteriosa" - na pior das hipóteses, se eu não conseguir roubar um beijo, te roubo o emprego, Texas Ranger. Viu como isso pode ser bem interessante (pra dizer o mínimo)?
Por todos esses encontros, e por tal intensidade de torpor é que não consigo mais me contentar com o binômio "história legal - final anticlimax" que a vida tem me oferecido até agora. Não agora, por favor - desta vez não quero deixar passar. Afinal, com quem eu vou dividir os recém adquiridos conhecimentos sobre Motorhëad?
Só que o tempo está passando, e se os teus amigos me monitoram e tentam nos juntar o tempo todo, ainda te vejo travado no mesmo lugar. E não tem um dia que eu não pergunte o I-Ching se eu não devo ligar logo de uma vez, mesmo sabendo que não foi você quem deu o telefone. Agora lembrando nitidamente da primeira vez que te vi eme assustando ao saber até que roupas usávamos, entendo que pra um homem, policial, taurino e roqueiro deve ser mesmo um pouco assustadora essa sensação de tanta familiaridade, de total reconhecimento apenas no olhar. Se assusta essa menina criada a Dirty Dancing e pop açucarado; imagino o quanto não deve impressionar um cowboy from hell. Mas não se engane: essa garota sabe cantar A arte do insulto de cor e tomar Jack Daniels puro, se for pra te acompanhar.
O I-Ching me diz pra esperar, não me mover ainda. O vo também - mas a criança diz que devo ir fundo e falar em alto e bom som. Ainda não carrego essa audácia (se o telefone me assusta, imagina ao vivo) e não sinto essa abertura. Mas em alguns dias a gente tem que fazer algo - ou não fazer nada carregará um gosto eterno de "what if", e não posso mais bancar "what ifs" na minha vida.
Pode parecer absurdo sentir algo tao forte por alguém com quem se trocou apenas alguns olhares e um guardanapo - e talvez seja. Bem... e daí? Quantas vezes o absurdo me atingiu este ano pra pior, por que não me divertir com ele um pouco agora?

sábado, 12 de novembro de 2011

"But thank you for the pain, it made me raise my game/ And I'm still raising it"


Pra ler ouvindo: Who's laughing now, da Jessie J. Tudo o que a letra diz nem sempre é verdade, mas procede em gênero número e grau. (Menos a parte do bullying).

Pra dar uma noção da situação atual, estou bebendo e tragando um cigarro - no meu quarto. Pouquíssima gente sabe, mas quando eu trago um cigarro tenho uma reação estranha: é como se eu ficasse high por uns segundos, e eu não fumo a não ser que precise desesperadamente dessa tontura (e mesmo assim, escondido da mãe - é, eu sei, Bridget Jones). Então, erros de digitação devem ser debitados dessa conta, por favor.
Chuck Bass acaba de sair daqui, e isso não é uma coisa boa. Porque ele, mesmo sendo Chuck Bass (ou justamente por sê-lo), acabou de me mostrar onde está a Georgina Sparks dessa história. E eu preciso mandar essa bitch de volta pro canto de onde ela nunca devia ter saído.
Madre de Dios, que pessoa sórdida. Me transformar na sombra do seu ridículo, fazer com que eu reflita toda a sua mediocridade, me fazendo pensar que estou diante de um anjo? Pois bem. Nada é para sempre, e justamente aquela pessoa que combinaria deslealdade com gravata borboleta e echarpe foi quem me foi leal.
Sério, usar as palavras da sua história pra descrever a minha foi teu erro. Agora que as coisas estão ficando mais claras pra mim (e algo me diz que foi só o começo), dispenso sua ajuda. Obrigada, mas prefiro arrancar um dente. Até agora fui condescendente com a sua psicopatia, mas enough is enough. Você tem os seus distúrbios, vá atrás da sua cura. Não me envolva nas tuas loucuras: se você é doentia e precisa urgente de um MADA, vá - mas não me leve com você.
Só me dá medo a forma como você se entranhou não só na minha vida mas na das pessoas à minha volta, como boa parasita que és. Como posso matar esse cupim na minha casa, sem derrubá-la? Eu sou bem mais esperta do que você deduziu, e ainda conto com gente bem melhor que você pra me retribuir a lealdade que você negou. E não me mande calar a boca ou ficar quieta. Tá chegando a hora de me fazer ouvir e bem, quando eu me faço ouvir... a cidade toda ouve junto.
Sempre gostei do papel da bitch, um tantinho por catarse. Mas desta vez, preciso muito dessa inspiração. Uma bitch bem ardilosa e capaz de derrubar qualquer um, mesmo os irmãos - porque até onde me lembro, você ostentava este título. Not anymore. Agora a coisa é comigo, mesmo que eu ainda não saiba como agir. Mas de alguma forma, sei que essa maneira vai aparecer, basta a dor passar pra descer a névoa, e aí ficará mais fácil.
Agradeço a sua boa vontade, e agradeço mais ainda sua deslealdade. Porque eu sei que, no instante em que você voltar pro seu buraco, peçonha, vai me deixar muito melhor, mais adulta e esperta do que estava quando você chegou.