sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"Run fast for your mother...leave all your loving, your loving behind, you can't carry it with you if you want to survive/The dog days are over"

E cá estamos nós, nessa madrugada em que tudo o que eu queria (sabendo que não conseguiria, se pudesse) é dormir, mas com a cabeça e o coração novamente a mil. Depois de esvaziar alguns litros de lágrimas mal retidas ao longo da semana em dois episódios intensos de Glee seguidos (ok, eu chorei mesmo. MESMO, eu disse. Mais do que os personagens atingidos pelas cenas em questão, diga-se). Mas diante do caos que têm sido as últimas semanas, toda a tensão acumulada, as emoções reprimidas, o caos, o caos... eu tinha que pôr pra fora, e antes assim do que com as incipientes manchinhas de urticária que, como eu disse, passaram de extintas pra incipientes de novo. Só espero que a histamina já tenha sido regularizada.
Agora que a quinzena de queima de neurônios provas e entregas de trabalhos acabou, afinal, um tcc e uma prova por dia (não necessariamente sobre a mesma matéria) pode ser um tanto complicado - se há a delícia da sensação de dever cumprido, é uma corrida contra o tempo e a fisiologia. Isso pra quem tem a vida nos trilhos.
Então, me dou um fim de semana pra descansar, aliviar o stress, curtir e rir muito, porque eu vou ter muito trabalho pela frente pra arrumar a bagunça feita em cima da bagunça.
Eu tenho o pressentimento (e a previsão) de que logo, com a benção de Deus (ou Oxalá, ou os Deuses, sei lá) eu vou receber as bênçãos que eu tanto ansiei receber, um amor e um emprego que me pague o suficiente. É algo muito parecido com o que senti antes de entrar no GS, só que numa versão atualizada, fazendo jus ao que preciso agora (e Eles sabem que eu preciso de em mais que um estágio e um amor platônico). Mas para que essas bênçãos cheguem, eu preciso estar com a casa limpa e rescendendo a flores, organizada, e isso requer muito, mas muito trabalho.
É, é bastante coisa. Agora que eu consegui botar em ordem a faculdade, precio correr atrás de organizar minhas finanças (ou falta delas?). Fato, não dá mais pra atender o telefone rezando pra não ser o Itaú, ou ficar frustrada inventando desculpas pra não admitir a verdadeira razão de eu não ter um cartão de crédito: sim, meu nome está sujo, e eu feliz (ou infeliz?)mente tenho minha mãe que pode me ajudar a resolver essa. E quanto mais tempo eu demorar pra resolver, pior vai ser. Então, 'bora correr atrás das cagadas da época da Contax, quando aumentar o limite pra comer no Big X-Picanha era cool, e eu caía quando meus amigos pintavam aquele drama pra eu emprestar o cartão, ou pra não me pagar. Não adianta, esse povo NÃO vai me salvar, e quando você recebe um DDC e passa pela coisa que você mais tinha medo de sequer pensar, e sem poder dividir isso com ninguém (quem entenderia?), é porque não tem mais saída. Enquanto eu não encarar a fera no olho de uma vez, eu não vou conseguir um emprego que permita que isso não aconteça mais.
Também preciso arrumar o quarto. É, eu sei; tá ficando repetitivo. Só que quando você não consegue sequer mandar um torpedo pra alguém que você ama, é lógico que a bagunça vi se sobrepor de novo. Então, vamos lá botar a máscara pra proteger da poeira, e dessa vez sem deixar caixa. Leave all your loving, your life behind, you can't carry it with if you want to survive. Mas eu ainda preciso decidir o que fazer com as agendas e os objetos mágicos de outrora. E dessa vez, é pra fazer isso MESMO.
Preciso arrumar a mim mesma, estou comendo mal como poucas vezes, dormindo pessimamente (não diga, é só olhar o horário de publicação), sem nenhum exercício, e meu corpo está um lugarzinho bem inóspito ultimamente. Tá na hora de fazer a faxina, arrumar tudo pra quando ele chegar a casa estar florida, perfumada e bela, por dentro e por fora. Ir no médico, no dentista, fazer essa droga de exame, depilação, cabelo; tudo o que descuidei. Comer direito, dançar um pouco, levar a cachorra pra passear (até ela está em melhor forma, e ela não sai de casa!!!). E principalmente, dormir direito. Recorrer a qualquer coisa pra regularizar meu fuso horário.
E aí, com essas coisas todas nos trilhos, aprender a esvaziar a cabeça e a curar feridas. Recuperar a minha She-Wolf, que tá uivando de dor e de necessidade de sair da jaula, mas que ainda não tá pronta pra andar pelos prados da minha vida. Primeiro eu tenho que limpar a área pra que ela possa correr, caçadora livre e ágil. E aí, na hora certa, ela vai saber o que fazer, e quem exatamente é o seu companheiro. Mas não agora.
Mesmo o lance mal resolvido do carioca, o grandão, ou outras possibilidades; a vida é uma folha que tá prestes a ser preenchida, mas desta vez sem passar a limpo. Então é bom eu descansar logo, porque tem muita coisa pra fazer, 100 e-mails pra tirar da caixa de entrada, e um trabalho pra entregar em 2 horas pra encerrar o semestre.

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