segunda-feira, 18 de junho de 2012

'Cause I can't live if you're not happy/I can't live if you cry/But I can without you if it makes you smile*

Para ler ouvindo Maybe it's just me, do Butch Walker - música que eu demorei mais ou menos 3 anos pra achar, mas quando achei, me atingiu feito um raio.


Yeap, esta série está com mais personagens e mais confusas do que todas as temporadas de Lost juntas - I know. E os flash backs e flash forwards são, sim, cortesia da casa. Mas é assim que as coisas me acontecem, então não tenho como melhorar isto - pelo menos por ora. Talvez no final faça sentido como Closer, talvez não. Só vou saber no final.
Uma das merdas dessa vida é que às vezes a pessoa mais certa para você é também a mais errada. Outra é que às vezes a resposta pros seus questionamentos está na sua frente, mas você perde tanto tempo olhando pra cima que só entende a resposta quando a pergunta mudou. E eu estou com um pressentimento de que ambas as coisas me aconteceram em uma só tacada. Ms como eu poderia ter formulado aquela pergunta sem fazê-lo fugir, se eu mesma fugiria?
Talvez eu tenha perdido o lobo da minha vida porque estava focada no vampiro, talvez não. Quem sabe?
O fato é que eu só fui encontrar a música e a tradução agora, e o que na época era uma leve possibilidade agora me parece muito mais concreto. Mas se passaram tantos anos, será que ainda vale mexer nesse vespeiro e correr o risco de descobrir que o bonde já passou? Será que, mesmo que a tradução ainda valha, eu consigo fazer isso sem estragar algo que eu amo tanto?
Eu e essa maldita mania de amar as pessoas indistintamente, sem rótulos. Minha vida toda seria muito mais fácil se eu amasse como a maioria das mulheres que conheço: elas amam as partes do homem que lhe dizem respeito (a pegada, o beijo, o cheiro, a carteira, e por aí vai). Eu não: amo o todo, tenho tesão em inteligência, me derreto por ironias e enlouqueço com um belo gesto de delicadeza. E não dou a mínima para saber se esse amor é amor de amigo ou de homem, porque jamais amaria um homem que não serve para ser meu amigo. Mas isso fode a minha vida, e já amei como homem o que era melhor amigo, e agora talvez tenha friendzoneado alguém por quem eu secretamente fui louca (talvez ainda seja).
O fato é que poucas coisas na minha vida me comoveram tanto quanto um pote de Haagen-Daaz (minha filha, na pobreza que tenho passado, nem lembro mais como se escreve!) no segundo pior dia da minha vida. E a capacidade desse homem-menino-coringa tão sombrio e atormentado de me trazer o Sol de volta à minha Forks. E de como um mindfucking pode se tornar algo tão bonito...
Eu o entendo, juro - afinal, não estou aqui, anos depois, morta de medo de sequer cogitar mais a sério essa hipótese? Mas talvez tivesse bastado uma só palavra sua para conseguir o que ambos secretamente sempre quisemos. Ou será que eu tô mesmo louca e é capaz mesmo de alguém que me dá essa música, o Twitter, um beijo roubado às 8 da manhã, e uma webcam improvável (sem falar no Haagshenzwdiahaaz) e que ainda hoje se despede com "se cuida" não tenha mesmo nenhum interesse a mais? E será que eu realmente perdi o bonde ou ainda dá tempo de dizer que duas palavras, só duas palavras e eu te dou o mundo? Ou será que eu tô viajando na carência que fez meu inconsciente achar  música do título com meio refrão uma vez três anos atrás?
Porque no fim das contas eu sempre fui #teamJacob.


segunda-feira, 11 de junho de 2012

I won't give up on us/Even if the skies get rough/I'm giving you all my love/God knows we're worth it..*

*Para ler ouvindo I won't give up, do Jason Mraz - porque essa música traduz o que estou sentindo e porque ela é linda demais nessa simplicidade.

Mais um daqueles posts que escrevo entre lágrimas. Daqueles que não deviam jamais ser escritos a essa hora em que eu devia estar dormindo, mas se não escritos agora que tudo transborda, quando o seria?
Quantas vezes o dia da marmota pode acontecer, Deus? Quantas vezes sou capaz de chorar pelos mesmos motivos? E quantas vezes o repeat aguenta tocar essa mesma música?
Mais uma vez o caos se alastra por aqui. Decisões profissionais amargas (ainda que com algum resultado concreto), frustração, e a doença da minha mãe que me deixa tão frágil quando eu mais preciso ser forte. E no meio disso tudo, mais um sonho prestes a se apagar.
Eu não pedi pra me enfiar nessa história. Dessa vez eu tenho ciência de que foi tudo, menos decidido por mim. Tá, livre-arbítrio, blablabla... mas NÃO. Eu praticamente tive meu rosto virado pra olhar NAQUELA direção, e transformar um esbarrão em uma história que transcende o tempo. Por mim, teria sido só um esbarrão, mas não.
Já me conformei (e até gosto disso) que nada na minha vida é tranquilo, normalzinho - e mais ainda na vida amorosa. Boy meets girl, girl meets boy, trocam telefone, primeiro encontro e por aí vai. Isso nunca foi para mim, por mais que eu quisesse. Tudo tem que vir com uma etiqueta "Made by Televisa". Mas desta vez, convenhamos, o roteirista forçou a mão.
De todas as personagens fictícias com as quais me identifico, a mais parecida (e azamigha me corrijam nos comentários se eu estiver errada) sem dúvida é Jane Bingum. Uma top model presa num corpo que às vezes não parece ser dela, uma idade que também não parece ser dela, um cérebro que acha umas informações que nem ela sabia que estavam ali, amigas meio doidas (taí meu celular com o número de certa Gaby Stacy que não me deixa mentir) e um certo inconformismo com as leis divinas (com quem, diga-se de passagem, a ditacuja tem uma linha direta - mas nem por isso mais fácil de entender). E (#cejura?) o pendor pra amores platônicos: ter a sina de ser a garota certa, pra um cara tão míope que é um milagre que saiba calçar os próprios sapatos.
E eis que, com toda essa burrice, os céus mandam um recadinho pra Jane Bingum daqui: então, sabe o Grayson? Pois é, quirida, pode ser que não role, tá? Vai se entretendo com o Owen porque tivemos uns errinhos de cálculo aqui e não sabemos mais se Grayson estará disponível...
Só que tem uma coisa que é muito diferente entre eu e Jane: não me peça para me contentar com os Owens da vida. AIN'T GONNA HAPPEN! E não é porque eu fico doida quando a gordjeenha fica com um cara razoável enquanto as magras ficam com os lindos (quédizê, também), mas porque, se não fosse vocês virarem meu rosto diretamente pra ele, um esbarrão teria sido só um esbarrão! Então não me importa se vocês vão engrossar a parada, eu não vou desistir, fui clara?
Eu sei que talvez (taaaaalvez) eu esteja sofrendo por antecipação, mas às vezes a razão daqui da Terra se sobrepõe à lógica divina, e nessa eu tô sentindo o tempo se esgotar. Mas eu já aviso de antemão: se dessa veze não rolar direito (e pouco me importa o final), não quero mais. Não é chantagem e sei que já disse isso antes, mas que zona é essa? É pra ser, ops, não é mais, mas olha, vai aparecer outro legal? Quantos outros já vieram e foram e eu fiquei aqui, sozinha como sempre? Então pra deixar claro mais uma vez: NÃO VOU DESISTIR DELE. Mesmo que as evidências apontem pro contrário, mesmo que pareça (ou seja?) irracional da minha parte me agarrar numa história que nem aconteceu ainda, ou que possa acabar infeliz, não me importa: uma história de amor não dá certo não é quando termina. É quando não começa. E por mais absurdo que pareça, eu o amo. Daquele jeito que só as mocinhas dos romances de época sabiam fazer, mas eu amo cada pedaço que eu conheço dele e os que eu não conheço também - porque o que eu não conheço agora, minha alma já conheceu antes. E eu vi, vocês mesmos me mostraram! Então vou sim me agarrar nesse amor no matter what. God knows I'm tough enough, God knows we're worth it.
Então desta vez, não. Ou este aqui acontece, ou não me tragam mais nada. Porque se é pra eu ficar nesse joguinho de "settle for less" ou esperar o próximo ônibus, muito obrigada, mas recuso. Porque tem uma parada na qual eu sei que nem vocês metem o bedelho livre arbítrio. E invoco esta lei para me guardar neste tribunal, meritíssimo.
E eu tinha mais uma porrada de coisas pra dizer, mas agora não dá.