terça-feira, 27 de setembro de 2011

(O post mais doloroso e sincero que já escrevi) Pretty, pretty, please/Don't you ever, ever feel/Like you're nothing/You're fucking perfect to me...*

Escolhi essa música porque foi a que tocou no rádio no momento que te deixei, mas outras duas também se aplicam: Turning tables e Big girls don't cry. No entanto, tô aqui, na sala de casa às 2 da manhã, chorando muda.
Eu sei o que devo fazer - e fiz. Mas isso não torna nada mais fácil: antes o contrário.
Como desaprender a olhar pro seu portão, como fiz pela metade exata da minha vida? E como mandar os meus hormônios calarem a boca quando você chegar perto? Ainda não sei como encaixotar o sonho de te encontrar lá na frente, porque eu sei que, se eu fixar a vista no "lá na frente", nunca chegarei lá. E eu e você sabemos, precisamos ir pra frente, now or never.
Irônico que o momento mais bonito e verdadeiro da nossa história foi o fim dela. Claro que a minha pele ainda tá ardendo pelo fim não consumado, e ainda há uma parte de mim - você sabe qual - que tá me dizendo que ainda tem uma conta pra acertar. Mas a cabeça e principalmente o coração já disseram tchau.
Tchau - nem até logo, nem adeus. Até só Deus sabe quando/Se.
É fato que a gente jamais vai se afastar completamente. É certo que você vai estar no meu casamento, só não sei se no lugar do noivo ou do padrinho. Mas aí não adianta tentar adivinhar, só saberemos na hora. Não adianta você falar que quando casar, o filho será meu. Aliás, engraçado você suportar ouvir a música do que aconteceu, mas não conseguir encarar a música do que devia ser. Pra mim também é o mais difícil.
Ainda me dói lembrar dos detalhes, em especial o beijo de despedida. E ainda tenho medo desse nosso assunto inacabado; você disse que depois terminaríamos, mas não deixou claro se está pensando o mesmo que eu. Mas tenho medo de ainda ir atrás do que faltou, e ficar por aqui. Só que algo dentro de mim mudou, e sabe que este não é mais o meu lugar. A partir de agora, sou minha própria salvadora. E sei o que quero pra mim, viver numa relação saudável - mesmo que relações saudáveis não rendam material para stand up. E concordo com você quando você disse tão lindamente que "a gente precisa de uma história diferente".
Aliás, tudo o que você disse sobre nós foi lindo. Nunca esteve tão claro pra mim que você me ama, mesmo não tendo falado essa palavra. Para alguém tão fechado como você, dizer em voz alta "o quanto gosta de mim" pra mim é suficiente, ouvir você falar de nós no futuro, mesmo que esse futuro esteja se transformando em futuro do pretérito. Mas é como nós dissemos um pro outro, e me lembra outra série. Como diria dr. McDreamy, "se amar bastasse, estaríamos juntos e felizes".
Só mais uma coisa: entendo o quanto você está perdido, e que esse afastamento é justamente a motivação que te falta. Mas por favor, não diga que você não é nada menos que putaquepariumente perfeito. É assim que eu lhe vejo e, mesmo você me pedindo pra não ser assim, é a minha verdade.
Vai, Chuck Bass. Vai cuidar da tua vida, e cuida dela direito porque agora você sabe o quanto ela é importante pra mim. Quanto a mim, vou juntar o que tenho, criar uma história nova e botar meu coração nas mãos do destino. Porque eu sei o que quero pra ele agora, mas daqui a dois anos, pela primeira vez na vida, não faço idéia.