segunda-feira, 11 de junho de 2012

I won't give up on us/Even if the skies get rough/I'm giving you all my love/God knows we're worth it..*

*Para ler ouvindo I won't give up, do Jason Mraz - porque essa música traduz o que estou sentindo e porque ela é linda demais nessa simplicidade.

Mais um daqueles posts que escrevo entre lágrimas. Daqueles que não deviam jamais ser escritos a essa hora em que eu devia estar dormindo, mas se não escritos agora que tudo transborda, quando o seria?
Quantas vezes o dia da marmota pode acontecer, Deus? Quantas vezes sou capaz de chorar pelos mesmos motivos? E quantas vezes o repeat aguenta tocar essa mesma música?
Mais uma vez o caos se alastra por aqui. Decisões profissionais amargas (ainda que com algum resultado concreto), frustração, e a doença da minha mãe que me deixa tão frágil quando eu mais preciso ser forte. E no meio disso tudo, mais um sonho prestes a se apagar.
Eu não pedi pra me enfiar nessa história. Dessa vez eu tenho ciência de que foi tudo, menos decidido por mim. Tá, livre-arbítrio, blablabla... mas NÃO. Eu praticamente tive meu rosto virado pra olhar NAQUELA direção, e transformar um esbarrão em uma história que transcende o tempo. Por mim, teria sido só um esbarrão, mas não.
Já me conformei (e até gosto disso) que nada na minha vida é tranquilo, normalzinho - e mais ainda na vida amorosa. Boy meets girl, girl meets boy, trocam telefone, primeiro encontro e por aí vai. Isso nunca foi para mim, por mais que eu quisesse. Tudo tem que vir com uma etiqueta "Made by Televisa". Mas desta vez, convenhamos, o roteirista forçou a mão.
De todas as personagens fictícias com as quais me identifico, a mais parecida (e azamigha me corrijam nos comentários se eu estiver errada) sem dúvida é Jane Bingum. Uma top model presa num corpo que às vezes não parece ser dela, uma idade que também não parece ser dela, um cérebro que acha umas informações que nem ela sabia que estavam ali, amigas meio doidas (taí meu celular com o número de certa Gaby Stacy que não me deixa mentir) e um certo inconformismo com as leis divinas (com quem, diga-se de passagem, a ditacuja tem uma linha direta - mas nem por isso mais fácil de entender). E (#cejura?) o pendor pra amores platônicos: ter a sina de ser a garota certa, pra um cara tão míope que é um milagre que saiba calçar os próprios sapatos.
E eis que, com toda essa burrice, os céus mandam um recadinho pra Jane Bingum daqui: então, sabe o Grayson? Pois é, quirida, pode ser que não role, tá? Vai se entretendo com o Owen porque tivemos uns errinhos de cálculo aqui e não sabemos mais se Grayson estará disponível...
Só que tem uma coisa que é muito diferente entre eu e Jane: não me peça para me contentar com os Owens da vida. AIN'T GONNA HAPPEN! E não é porque eu fico doida quando a gordjeenha fica com um cara razoável enquanto as magras ficam com os lindos (quédizê, também), mas porque, se não fosse vocês virarem meu rosto diretamente pra ele, um esbarrão teria sido só um esbarrão! Então não me importa se vocês vão engrossar a parada, eu não vou desistir, fui clara?
Eu sei que talvez (taaaaalvez) eu esteja sofrendo por antecipação, mas às vezes a razão daqui da Terra se sobrepõe à lógica divina, e nessa eu tô sentindo o tempo se esgotar. Mas eu já aviso de antemão: se dessa veze não rolar direito (e pouco me importa o final), não quero mais. Não é chantagem e sei que já disse isso antes, mas que zona é essa? É pra ser, ops, não é mais, mas olha, vai aparecer outro legal? Quantos outros já vieram e foram e eu fiquei aqui, sozinha como sempre? Então pra deixar claro mais uma vez: NÃO VOU DESISTIR DELE. Mesmo que as evidências apontem pro contrário, mesmo que pareça (ou seja?) irracional da minha parte me agarrar numa história que nem aconteceu ainda, ou que possa acabar infeliz, não me importa: uma história de amor não dá certo não é quando termina. É quando não começa. E por mais absurdo que pareça, eu o amo. Daquele jeito que só as mocinhas dos romances de época sabiam fazer, mas eu amo cada pedaço que eu conheço dele e os que eu não conheço também - porque o que eu não conheço agora, minha alma já conheceu antes. E eu vi, vocês mesmos me mostraram! Então vou sim me agarrar nesse amor no matter what. God knows I'm tough enough, God knows we're worth it.
Então desta vez, não. Ou este aqui acontece, ou não me tragam mais nada. Porque se é pra eu ficar nesse joguinho de "settle for less" ou esperar o próximo ônibus, muito obrigada, mas recuso. Porque tem uma parada na qual eu sei que nem vocês metem o bedelho livre arbítrio. E invoco esta lei para me guardar neste tribunal, meritíssimo.
E eu tinha mais uma porrada de coisas pra dizer, mas agora não dá.

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