domingo, 29 de agosto de 2010

To hope or not to hope... ou "You are... the only exception"

Contrariando a regra, tasco um título não-musical. Afinal, a regra é minha mesmo, e a unica música na minha cabeça não tem nada a ver com o tema do post.

Acabei de assistir a um filme que tem sido meio que minha guideline, mesmo sem eu ter assistido antes: Ele não está tão a fim de você.
Um dos personagens (não lembro o nome) é o "espião", o cara que entrega as jogadas masculinas para a amiga. E esse cara fala uma coisa que (SPOILER ALERT) depois cai por terra pra ele (ele entra no 1%?), mas que em 99% das vezes é o que acontece na vida real, e eu tenho visto isso em 99% das vezes (na minha vida): se um cara quer sair com você, ele vai correr atrás de você. Ele vai te ligar, ele vai mandar e-mail, ele vai dar um jeito. Ele não vai ficar rodeando, não vai arrumar desculpas. Por isso é que, apesar do David achar que eu deveria ligar pro primo da Camila, eu não vou ligar: se ele quisesse, ele saía comigo. Só acho uma puta falta de de sacanagem ele concluir isso sem sequer falar comigo pessoalmente, deduzindo isso após 17 minutos de conversas telefônicas (e olha que eu sou uma negação no telefone, como Miss TDAH que sou). Pequeno desvio pra chegar no assunto real do post.
Uma coisa que deve ter soado muito irritante pra algumas pessoas que me conhecem, no último ano, foi a minha postura em relação ao ferimento que foi o casamento do Fernando. Todo aquele discurso de "estou tão ferida que desta vez encerro de vez a minha busca" pode ter parecido uma "birra" com o destino por ter sido mau comigo. Não foi. Foi algo que eu precisava falar e pensar, ainda que fosse pra fazer uma catarse de tanta dor que eu senti, e faz sentido eu começar a pensar/ agir assim. Pensa bem, depois de tantas bordoadas, ainda vale a pena eu acreditar em ter um amor pra mim e ainda ter esperanças disso?
Mas, como bem disse a Shakira no seu Acústico, "este es el problema del amor: siempre volvemos a amar". Essa ideia de deixar o coração mudo, evidentemente, não vem dele: é a razão que o amordaça(ria) para que ele não mais opine, não mais tenha a força que sempre teve em minha vida, é negligenciar seus ruídos pra deixar a razão no controle. Mas será que isso dá certo? E...
...é inevitável me perguntar: será que eu não estou desistindo justamente na frente da porta que guarda aquilo que eu tanto procurei? Será que não é justamente essa tentativa que eu não quero fazer a última? E sejamos honestos: será que eu tenho tanta força nos braços assim pra amordaçar essa entidade tão dona de mim que é o meu coração? Porque faz parte da minha natureza buscar o amor, bem Miss Ted Mosby, e contrariar a natureza é difícil. Mas como é que eu faço pra descobrir se desta vez vai dar certo, antes de arriscar?
Pelo menos a ideia de ficar solteira para sempre (sim, sempre) já se mostrou algo menos horroroso quanto parecia a princípio. Eu não terei que me preocupar com o espaço que minha mãe ocuparia no caso de um futuro casamento, eu poderia me dedicar a coisas que eu gosto e não teria que aprender as regras de um relacionamento, não teria que jamais dar satisfações do que faço ou deixo de fazer, assistir ao filme do Stallone só porque o outro quer, poderia colecionar bofes de 25 anos quando chegasse aos 50, ir pra cama com quantos homens a vontade mandasse, poderia juntar muita grana e torrar em lojas de sapatos ou roupas caras. Quanto a filhos, eu poderia ter uma produção independente, sim, por que não? (Se até minha mãe já apoiou a ideia...)
Só que ainda restam as noites de sábado. Ainda tem a cama fria, a necessidade de um homem me dizendo que eu estou linda, a gripe ocasional, os programas de casaizinhos (e eu de vela), a falta do meu pai (que ninguém próximo de mim divide comigo), a vontade de fazer sexo três vezes por semana, com a mesma pessoa, os presentinhos ideais sem data marcada... Tem coisas que só a Philco um relacionamento faz por você (e mesmo sendo uma feminista, devo admitir).
Então, chegamos ao dilema: ter esperanças ou não ter esperanças? Procurar ou não procurar, eis a questão. O ideal, num mundo ideal onde todos são bonitos, inteligentes, ricos e loiros, o que eu gostaria de verdade é só me apaixonar quando souber que vai ser pra valer. Mas como é que você sabe a profundidade do lago (evitemos metáforas com piscinas) sem entrar nele? Não existem garantias no amor. Não tem como saber se você é o 1% do cara, sem passar pelos 99%.
E como saber se você é o 1% de um cara que não tem como se aproximar de você, e de quem você não tem como se aproximar? E mesmo se não for, como evitar o inevitável, o que já aconteceu? (Sim, porque se eu tenho que dizer isso em alto e bom som, que ao menos seja aqui, neste lugar até agora inaudível: eu estou apaixonada por um cara com quem eu nunca sequer falei, e mesmo sabendo de tanta coisa sobre a sua vida, não sei de uma forma sequer de me aproximar dele. Não temos um conhecido em comum, uma situação mais concreta que uma passada pelo corredor ou uma troca intensa de olhares de longe, no meio das respectivas turmas, nada. Nem dá pra dizer se ele é 1% ou 99%. Mas eu estou perdidamente, bestamente apaixonada à primeira vista, e isso aos 27 anos. #prontofalei)
Mais cenas do próximo capítulo...

E quando eu já tava dando o post por encerrado, lembrei de uma música que fala, sim do que estou sentindo e ainda tem a frase do filme: The only exception, que apesar de ser Paramore (banda que eu acho chatinha), é linda e delicada.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

The time is right now, you got to decide/Stand in the back or be the star

*Beat goes on, com Madonna, Kanye Yo-I'mma-let-ya-finish West e Justin Timberlake, porque Madonna sabe das coisas.

Não, eu ainda não resolvi a questão de perdoar a mim mesma. Mas estou tentando assistir Dawson's Creek com outros olhos. Porque a gente tem uma mania lascada de olhar pra trás e achar que a vida era mais fácil, melhor, e se esquece da parte ruim também. E de mais a mais, a vida continua acontecendo, o mundo girando e a Lusitana rodando (será?). E se tem uma coisa que eu tenho aprendido nessa Faxina é que, mesmo que você não consiga arrumar uma gaveta específica, arrumar outras já é de grande ajuda pro todo.
Então a gaveta de hoje é outra das grandes. Onde se compra paciência?
Eu sempre fui muito, mas muito, mas extremamente ansiosa - o que é até engraçado se levarmos em conta que a minha gestação foi a coisa mais tranquila do mundo. Tanto que, exceto nas fases em que eu estou trabalhando, eu tenho uma insônia crônica (e se você botar reparo no horário do post vai entender o que estou dizendo). Mas essa ansiedade toda precisa, digo PRECISA ser controlada.
Até que eu tenho conseguido segurar bem o lance do desemprego. Tirando alguns momentos em que realmente a coisa aperta (como na hora de pedir dinheiro pra mãe), eu sei que na hora certa as coisas vão acontecer. Só que eu sei que falta pouco, essa hora tá chegando, e aí a ansiedade bate de novo. Isso sem falar da dificuldade de controlar a ansiedade da minha mãe, e essa sim tá endoidando. E Deus, tá difícil segurar a "véia". Eu entendo o lado dela, mas ela tem o dom de falar a coisa mais errada na hora mais errada. E aí, cadê a paciência pra lidar com ela?
E em relação a bofe(s)? Aí é a área em que eu mais surto: seja pensando em casamento e filhos com um cara que nem sabe meu nome, seja ficando emputecida por um cara que eu nem estava tão interessada. Mas eu sei que essa neura de paixão é falta de outras paixões, e que em breve vai acontecer muita coisa ao mesmo tempo na minha vida. Algo me diz que o próximo cara que chegar, de onde quer que ele venha, vai ser muito bom. Vai ser um lance bom, com toda a parte legal do Piscinão, mas de verdade, sem "platonismos". E que, mesmo que ele demore, eu vou estar tão ocupada com outras coisas que não vai parecer tanto assim.
Agora só falta aprender a controlar a ansiedade do dia-a-dia, e principalmente corrigir essa insônia insana. Sabe o que é botar a cabeça no travesseiro e no primeiro pensamento não conseguir mais dormir por horas a fio, às vezes chegando a passar a noite em claro? Deixar o sono escapar por causa do pensamento mais banal, seja uma música qualquer, um objeto... E o leite morno só dá uma força pra passar a fome, mais nada. Não adianta contar carneirinhos, nada, nada. HEEEEEEEEEELP!!!
Deixa eu dormir, que o sono tá vindo...