segunda-feira, 9 de junho de 2014

"They say that I'm too young to understand/They say I'm caught up in a dream/That life will pass me by if I don't open up my eyes/Well, that's fine by me"

Semana tensa, cheia de problemas e compromissos. Mesmo o sábado não tem sido de nenhum descanso, saí correndo do centro e me arrumei meio sem jeito, make improvisado e a primeira roupa sexy que vi (mesmo que manjada). Tenho só 20 minutos pra estar pronta.
Sabe, eu tô de saco cheio disso tudo. Dessas últimas semanas a gente brigando por qualquer besteira, de você me empurrando pra longe, fazendo tudo o que sabe que eu não gosto, de caso pensado.Das tuas criancices, porque às vezes você age como um menino de 18 anos (e você ser um não te dá a prerrogativa de agir assim, porque te conheço e sei que isso não é seu).
Também já ouvi tanta coisa que nem sei se quero mais. Tanta gente me dizendo que não faz sentido, que eu sou mulher demais pra você, que você é menino demais pra mim. Não faz sentido, e eu já tô de saco cheio de me sentir como se entrasse no jogo perdendo de 3 a zero - um pelos nossos amigos, um pela sociedade e um por você parecer que concorda com tudo isso, e eu me sinto uma idiota tentando te convencer que eu sou melhor que essas cocotas que você fica dando em cima e que tanto me irritam.
Chega. Vou fazer o que me disseram, vou pegar aquele seu amigo que você morre de ciúmes, e se você souber, azar. Cansei. Não me parece mais real, não faz mais sentido pra mim.
A festa tá lotada, e tem pista de dança. Essa eu não esperava. Não te vejo em lugar nenhum, vou buscar uma bebida. E esbarro em você, lindo, camisa preta e cheiro de homem. Seguro a onda, respiro fundo 3 vezes (e fico mais tonta com o perfume bom do que com o vinho), e vou fazendo blasé, até mexo com outros caras enquanto converso com você. E sim, vejo sua boca torcida. Mas ué, não foi você quem quis assim?
E aí toca a minha música preferida. Que você sabe que é a minha preferida. E aí você me derruba.
Você me sorri, de um jeito que eu sempre imaginei, com uma mistura de admiração, diversão e até de condescendência (como se dissesse "sei que você é assim meio maluquete e não só isso é ok como eu gosto disso"), você me olha sorrindo e diz "já sei... vai lá. Vai e volta." E eu vou, e se a música pede para nunca abrir os olhos, ironicamente abro os meus e te vejo me observar, de longe, com um sorriso. E esse sorriso ainda tem admiração e diversão, mas tem algo diferente, bem longe de complacência. Bem longe, mais intenso e mais quente. Coisa de homem.
O que você não sabe é que esse sorriso é o que eu sempre busquei, que eu sempre sonhei com isso, com alguém que não só entendesse minhas maluquices, meu jeito atípico de ver o mundo e até meu romantismo meio torto, mas que goste disso, que saiba que isso é minha essência. Que seja ora homem ora menino, que trabalhe duro e seja controlado com grana, mas que dê risada das coisas mais idiotas e infantis. Que me toque sem que ninguém perceba e se arrepie, que me olhe com carinho e me diga desaforos.
E é nesse olhar que o meu mundo faz sentido, mesmo que a nossa história a princípio não faça. Porque você é tudo o que eu sempre quis numa embalagem que eu jamais teria arriscado abrir.

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